Quando as vontades do outro sufocam

Faça valer seus desejos na relação e livre-se da manipulação alheia.
Será que para nos relacionar com alguém precisamos estar dispostos a ser sufocados pela vontade do outro? Ou, em contrapartida, precisamos manipular o outro para que nosso relacionamento dê certo? Na verdade, precisamos entender que não precisa haver a necessidade de submissão de nenhuma das partes para que a relação flua bem.
Há pessoas que tem um espírito de liderança embutido em sua personalidade e, assim, acham que podem levar esse comportamento para dentro de suas relações amorosas. No entanto, quem age assim acaba se esquecendo de um fator fundamental para que um relacionamento funcione bem: a união das duas pessoas em prol do objetivo de permanecerem juntas. Ou seja, não se pode tomar as rédeas da relação sem que o parceiro seja consultado sobre o roteiro a ser seguido pelos dois. Achar que estar com alguém é ter o poder de mudá-lo, de escolher que rumo o outro vai tomar, é simplesmente assumir uma atitude que sufoca o outro e só pode levar ao desgaste e até mesmo ao fim da relação.
Geralmente o relacionamento se torna complicado quando o manipulador não percebe o quanto está sendo cansativo estar ao seu lado ou como é desafiador ser parceiro de uma pessoa que se incumbiu do papel de articular todos os passos do casal. Ainda pode ser complexo quando o manipulador se coloca na posição de "melhorar" a vida do outro, quando, em muitos casos, nenhum pedido foi feito para que ele assumisse esta função.

Quem sofre nessa história?

Sofre quem ama o manipulador e não sabe lidar bem com essa atitude, que sempre vem cheia de boas intenções, num "combo" de agrados. Esse comportamento faz parecer que a relação está ótima, que o ser que vira um brinquedo na mão do outro realmente precisa passar por uma reforma de seu jeito de ser e de agir.
Há casos de rompimento de relações em que o próprio manipulador fica cansado de fazer o que quer e acaba desistindo do seu brinquedinho e partindo para outro. Há casos em que o manipulado não tolera mais a pressão e consegue transformar o relacionamento em algo muito mais prazeroso e harmonioso. Mas há também histórias em que a relação fica tão desgastada que simplesmente o manipulado só pensa em se livrar do outro e busca mil maneiras de conseguir realizar seu desejo.

Tomando as rédeas da relação

Na convivência amorosa, precisamos estar muito atentos para saber dosar nossas atitudes e escolhas, permitindo que o outro exprima as suas vontades e também faça o que tiver vontade de fazer. Afinal, não é aprisionando ninguém aos nossos desejos que teremos um amor pleno e verdadeiro.
Sufocar alguém com nossos desejos pode ser algo que fazemos sem nem mesmo nos darmos conta disso, incluindo em nossas conversas expressões como "se eu fosse você, agiria diferente". Nesta simples frase, você consegue perceber que há a mensagem "você está agindo mal" ou até mesmo "você não sabe resolver seus próprios problemas?".
Ao mesmo tempo, não é possível tentar agradar o outro e desrespeitar nossas vontades. Há limites bem marcados entre o que podemos fazer em função da vontade alheia, o que vai trazer harmonia para o casal e o que precisamos fazer para nos sentirmos felizes conosco. E ter estas opções em nossas mãos não significa que não nos importamos com a cara metade.
Isto simplesmente mostra que podemos agir com equilíbrio dentro e fora de uma relação amorosa, assim como em qualquer outro tipo de relacionamento. Ouvir alguém falando palavras que disfarçam a mensagem "eu não lhe aceito do jeito que você é" é muito desagradável e faz um mal enorme dentro de nós. Nessas situações, nem mesmo nos damos conta de quanto estamos sendo manipulados e embutindo em nós um sentimento de culpa que não nos pertence.
Claro que é preciso ter nas relações um "encaixe" entre o que é aceitável ou não entre as pessoas envolvidas, mas precisamos e podemos nos posicionar, mostrar claramente o que estamos dispostos a receber do outro e a fazer por ele. Mas o problema começa quando precisamos dizer que estamos sufocados com a vontade alheia e não sabemos como agir, não é verdade?

Dê adeus às atitudes controladoras

Primeiramente, é preciso entender que você pode pedir ao outro que mude a maneira como lhe trata. Pode ser alguma brincadeira que você considera inadequada ou o uso de palavras que não gosta de ouvir, mas a lição mais importante é aprender a dizer "não" ao que não quer que aconteça na sua vida. Mas antes de tomar essa atitude é preciso refletir: você aceita ter que falar não a alguém, principalmente ao seu parceiro? Mesmo que ache difícil, essa tarefa precisa ser aprendida para que você amadureça e saiba se posicionar em sua vida, assim como aprender a nutrir relacionamentos sadios.
Por uma questão de educação, pensamos que não podemos dizer que não gostamos de alguma coisa diretamente e empurramos para dentro de nós nossas insatisfações, achando que os outros são os verdadeiros culpados por essa sensação. Mas a realidade é que você se colocou nessa posição de aceitação e ainda não aprendeu a filtrar e a assumir o que realmente quer para sua vida.
Não precisamos viver uma relação "engolindo sapos", sendo uma pessoa que "coloca panos quentes" nas situações para que tudo se resolva bem. Pelo contrário, agindo assim muitas vezes levamos para dentro de nós os problemas alheios. Não precisamos aceitar brincadeiras, críticas e opiniões indevidas, basta sabermos chegar ao outro e esclarecer que isso nos incomoda e nos faz mal ouvir.
Não é preciso se sentir sufocado para entender que nosso corpo e nossa mente já não aguentam mais essa falsa aceitação que fingimos ter. Essa situação pode gerar alto grau de intoxicação e nos levar até a uma depressão. De repente, a gastrite, a dor de cabeça, a alergia crônica, a angústia e até a tristeza profunda que você vem sentindo podem ser resultados da sua falta de atitude a seu favor.
Que tal mudar para melhor a sua vida? Acredite mais na sua capacidade de ser uma pessoa madura e ousada para resolver o que é preciso em seu relacionamento. Onde está a sua força interior, a credibilidade em si mesmo? Será que não está faltando mais disso em você? Será que não é você que permite que seu par invada a sua vida e coloque nela várias opiniões sobre o que ele considera como certo ou errado? Será que não dá para conciliar vontades divergentes organizando em dupla o que será feito pelo casal? Será que você não pode ser amado do jeitinho que você realmente é? Não são essas as portas que você deixa abertas para que você se perca e se sufoque com as vontades dos outros?
Fique mais do seu lado, seja mais você! É possível viver bem mantendo uma relação tranquila.


Este texto foi extraido do site www.personare.com.br e escrita por :


Mestre em Estudo da Linguagem, faz coaching e dá consultas pessoalmente e pela internet. Faz workshops e palestras no Brasil e no exterior.

Cupido

Como falar do dia dos namorados, sem tocar no nome do Cupido? Você sabe quem foi?
Cupido, também conhecido como Amor, era o deus equivalente em Roma ao deus grego Eros. Filho de Vênus e de Marte, (o deus da guerra), andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Teve um romance muito famoso com a princesa Psiquê, a deusa da alma.
Cupido encarnava a paixão e o amor em todas as suas manifestações. Logo que nasceu, Júpiter (pai dos deuses), sabedor das perturbações que iria provocar, tentou obrigar Vénus a se desfazer dele. Para protegê-lo, a mãe o escondeu num bosque, onde ele se alimentou com leite de animais selvagens.
Cupido era geralmente representado como um menino alado que carregava um arco e um carcás com setas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Outras vezes representavam-no vestido com uma armadura semelhante à que usava Marte, talvez para assim sugerir paralelos irónicos entre a guerra e o romance ou para simbolizar a invencibilidade do amor. Embora fosse algumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais. No pior dos casos, era considerado malicioso pelas combinações que fazia, situações em que agia orientado por Vénus.

O mito de Cupido e Psiquê

Um certo dia, Vênus estava admirando a terra quando avistou uma bela moça chamada Psique. Vênus era uma deusa muito vaidosa e não gostava de perder em matéria de aparência, muito menos para uma mortal. Vênus chamou Mercúrio e disse-lhe: "- Mande esta carta para Psiquê."
Quando Psiquê recebeu a carta ficou admirada, recebendo uma carta de uma deusa. Mas ficou muito decepcionada quando a leu. Na carta havia uma profecia clamada pela própria Vênus. A profecia dizia que Psiquê ia se casar com a mais horrenda criatura. Psiquê ficou desesperada, foi contar para suas irmãs. Psique era muito inocente e nunca percebeu que suas irmãs morriam de inveja dela.
Enquanto isso, no Monte Olimpo, Vênus chamou seu filho Cupido: "- Meu caro filho, preciso de um grande favor seu. Quero que você vá a terra e atire uma de suas flechas de amor em Psique, e faça com que ela se apaixone pelo homem mais feio do planeta". Cupido gostava muito de sua mãe e não quis contrariá-la. Então foi. Quando anoiteceu, Cupido foi até a casa de Psique, entrou pela janela avistou um rosto perfeito, traços encantadores. Cupido chegou bem perto para não ter a chance de errar o alvo (apesar de ter uma mira muito boa, mas estava encantado com a bela jovem). Se preparou para atirar, esticou o seu arco e quando ia soltar a flecha, Psiquê moveu o braço, e Cupido acertou ele mesmo. A partir daquele instante Cupido ficou perdidamente apaixonado pela jovem. Voltou para casa, mas não conseguiu dormir pensando na bela Psiquê.
No dia seguinte, Cupido foi falar com Zéfiro (o vento oeste) e pediu para que transportasse Psique para os ares e a instalasse num palácio magnífico, onde era a casa de Cupido. Quando a noite caiu, a moça ouviu uma voz misteriosa e doce: "- Não se assuste, Psiquê, sou o dono desse palácio. Ofereço a ti como presente de nosso casamento, pois quero ser seu esposo. Tudo que está vendo lhe pertence. E tudo que deseja será concebido. Zéfiro estará às suas ordens, ele fará tudo o que você quiser. Eu só lhe faço uma exigência: não tente me ver. Só sob esta condição poderemos viver juntos e sermos felizes".
Toda noite Cupido vinha ver Psiquê, mas em uma forma invisível. A moça estava vivendo muito feliz naquele lindo palácio. Mas passando os dias Psiquê ficava cada vez mais curiosa para saber quem era seu marido. Certa noite, quando Cupido veio ver Psiquê, eles se encontraram e se amaram. Mas quando Cupido adormeceu, Psiquê escondida e em silêncio pegou uma lamparina e acendeu-a, e quando ela viu o belo jovem de rosto corado e cabelos loiros, ficou encantada. Mas num pequeno descuido ela deixou cair uma gota de óleo no braço do rapaz, que acordou assustado e, ao ver Psiquê, desapareceu. O encanto todo acabou, o palácio os jardins e tudo que havia em volta desapareceu, como num passe de mágica. Psiquê ficou sozinha num lugar árido, pedregoso e deserto.
Desconsolado, Cupido voltou para o Olimpo e suplicou a Zeus que lhe devolvesse a esposa amada. O senhor dos deuses respondeu: "- O deus do amor não pode se unir a uma mortal".
Mas Cupido protestou. Será que Zeus que tinha tanto poder não podia tornar Psiquê imortal? O senhor dos deuses sorriu lisonjeado. Além do mais como poderia de deixar de atender a um pedido de Cupido, que lhe trazia lembranças tão boas? O deus do amor o tinha ajudado muitas vezes, e talvez algum dia Zeus precisaria da ajuda de Cupido de novo. Seria mais prudente atender o seu pedido. Zeus mandou Hermes ir buscar Psique e lhe trouxesse para o reino celeste. Então Zeus, o soberano, transformou Psiquê em imortal. Nada mais se opôs aos amores de Cupido e Psiquê, nem mesmo Vênus, que ao ver seu filho tão feliz se moveu de compaixão e abençoou o casal. Seu casamento foi celebrado com muito néctar, na presença de todos os deuses.
As Musas (jovens encantadas, que eram acompanhantes do deus Apolo) e as Graças (jovens que representavam a beleza que acompanhavam a deusa Venus) aclamavam a nova deusa em meio a cantos de danças. Assim Cupido viveu sua imortalidade com o ser que mais amou.
 Ai ai... que história linda...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cupido

13 de junho é Dia de Santo Antônio





 
Conhecido como santo casamenteiro, Santo Antônio tem milhares de devotos espalhados pelo Brasil e também em Portugal. Seu dia é comemorado em 13 de junho, em meio às festas juninas, por isso Antônio é um dos santos mais lembrados nessas festas.

Normalmente, sua figura é representada carregando o menino Jesus em seus braços. Muitas mocinhas afoitas para encontrar um marido retiram o bebê dos braços do santo e prometem devolvê-lo depois de alcançarem seu pedido. Outras jovens colocam a imagem de cabeça para baixo e dizem que só mudam de posição quando Santo Antônio descolar um marido para elas. Essas simpatias geralmente são feitas na madrugada do dia 13.
Mas nem só de casamento vive o santo. Ele também é conhecido por ajudar as pessoas a encontrarem objetos. Em uma reza conhecida como "os responsos", o santo é invocado para achar coisas perdidas. Numa outra cerimônia, conhecida como trezena, os fiéis entoam cânticos, soltam fogos, e celebram comes e bebes e uma fogueira com o formato de um quadrado. Essa festança acontece de 1° a 13 de junho.
Ainda há um outro costume que é muito praticado pela Igreja e pelos fiéis. Todo o dia 13 de junho, as igrejas distribuem aos pobres os famosos pãezinhos de Santo Antônio. A tradição diz que esse alimento deve ser guardado dentro de uma lata de mantimento, para a garantia de que não faltará comida durante todo o ano.

Um dia Diferente

Sei  que faz tempo que não escrevo, mas nada de "tão" interessante  acontece ( pois é, monotonia também ataca bruxas!).
Nos reunimos na mudança de lua antes do solstício de inverno, um dia atípico (o clima frio) na arca de  Artémis e Partenon (Partenon ia cozinhar) claro, que todos adoram as iguaria de Partenon, fomos em peso.
Ah, foi o dia escolhido por Pan para apresentar seu "cantante" (namorado) Hermes (Tão avoado quanto as asas dos pés).
Quando chegamosa ao Mundo De OZ, Géia, Morfeu, Loo, Artémis e Partenon já nos aguardava. Claro, fomos recebidos pelos amados "lambanceiros' da fauna que reside na arca de Artémis. Loo apareceu  com os braços abertos, (mas não de boas vindas e sim " não me avisaram que vocês vinham!"), estava com uma guloseima em uma das mãos (bom, nada mais a se esperar de uma criatura com tão poucas luas). Pedi um beijo e recebi um "carimbo'  doce e grudento na bochecha (mas tudo bem!), o cheiro de cricri queimando deu o alerta, que as boas vindas foram em demasia longas. 
Partenon estava cuidando de um de seus caldeirões e mais um forno em brasas, como estava tão próximo não sentiu o cheiro doce queimando, (mas tudo se salvou!).
Levei uma sobremesa de leite de rosas e uma caixa de ovos de jacaré (que havia sobrado da Páscoa) uma vez que eu tentei fazer algo diferente, que não  deu certo (entrou água no caldeirão) não  foi a melhor experiência que fiz, mas como ficou  em cima da hora, não  deu tempo de arrumar coisa melhor.
Loo se empoleirou-se no colo de Pan, e  começou  a tagarelar, contando tudoo que aconteceu com ele, logo pedi que ele voltasse   a comentaralgo  que eu não havia entendido, simples como a cor da água, ele me olhou com aqueles olhos de quem sabe tudo da gente, e disse" por que eu faço 'cala"  de "babo" assim! (fazendo cara de mau juntando as sombrancelhas) e logo uma se arqueou para cima, tentei imitá-lo mas não deu certo, ele caiu na risada.
Bom, Pan foi aguardar  Hermes chegar para o almoço, e logo  estava de volta para a tristeza de Loo, que  ficou tão decepcionado quando  a viu  chegar junto com Hermes(deu uma crise de ciúmes no pequeno). Assim que Hermes entrou para cumprimentar  a todos , Loo foi ao portão da arca e estava  indo embora (pensa que é gnte grande!) quando cheguei e o surpreendi. Ele estava realmente nervoso ( oque deu uma certa graça) e não queira que eu ficasse ali, mas não sabia explicar  o que queria, Artémis foi  nos chamar para o  almoço e pediu a Loo quem havia espalhado alguns objetos no chão, sem pestanejar   ele apontou o dedo para Hermes  que tinha acabado de chegar, (coisa que ele nunca fez, sempre  quando  solicitado  o responsável  por algum ato, Loo se acusa de imediato e já pede desculpas).
O  almoço foi servido e degustado com apresso.  A tarde Artémis recebeu a Visita de Atena ( Deusa da Beleza)  que trouxe  maravilhosas  poções  para diversos problemas  de beleza , ela nos ensinou como usar as poções ( sabe que funciona!). Loo  não perdeu tempo em alertá-la  sobre o namoro de Pan e Hermes (mas já era tarde e eles haviam ido embora).
O que eu aprendi neste dia, que beleza um dia vai embora (ainda mais se a gente não pereceber o tempo passar), que inveja também ataca quem nunca ouviu falar nisso, e em todas as idades.


bjos


Medéia

Pêssankas

Ok Ok
Eu sei que já passamos a Páscoa e tudo mais, que aumentamos 1 kg na nossa silhueta com ovos de chocolate, mas achei tão interessante falar sobre as Pêssankas, os significados das cores, dos desenhos, muito interessante mesmo!

Pêssanka
Na história do povo ucraniano sempre esteve presente uma tradição de colorir ovos na época em que o Sol voltava triunfante, eliminando a neve que cobria a rica terra negra da Ucrânia. Em escavações arqueológicas, foram encontrados indícios desta arte a mais de 3.000 anos antes de Cristo, sendo que naquela época, eram utilizadas ferramentas muito rústicas para se confeccionar uma pêssanka. A explicação para o interesse do ser humano antigo pelo ovo está no fato do mesmo possuir uma magia incrível, pois de uma forma simples e rude, surgiria à vida.
Com o passar dos anos, as ferramentas gradativamente evoluíram e com elas o homem conseguiu melhorar suas condições materiais e também os resultados da suas pinturas em ovos, surgindo melhores definições daquilo que desejava expressar.
Os ucranianos, em paridade com todos os povos antigos, veneravam a natureza e os regentes dos elementos. Assim como outros povos antigos veneravam o Sol com Apolo e seu carro puxado por leões, os ucranianos reconheciam no mesmo astro, o Dajbóh, e a ele ofereciam homenagens, pois novamente traria luz e calor para a Terra. O verde substituiria o branco da neve, as flores voltariam a desabrochar, as árvores ofereceriam seus frutos novamente e o povo poderia trabalhar a terra para obter seu sustento.
A festa da Primavera era um evento alegre, era acesa uma grande fogueira no meio da aldeia e todos comemoravam a chegada de Dajbóh, no exato momento do Solstício de Primavera. Desde o início deste dia o povo estava em festa. Oferecia seus presentes ao regente Dajbóh e entre os mesmos estavam as pêssankas. Nelas estavam gravados os raios de luz que seriam oferecidos a terra, a partir desta importante data do povo antigo.
Também nesta festa eram oferecidas pêssankas aos entes da natureza, fazendo seus agradecimentos pelas colheitas e também firmando seus pedidos para que a terra continuasse produzindo aquilo que necessitavam para viver. Estas pêssankas eram enterradas no campo, nas lavouras, pois deveriam ser presentes aos amados entes da natureza.
Neste tempo anterior ao cristianismo, o povo tinha suas crenças voltadas para aquilo que via e sentia. Era uma época em que mais do que nunca, o ucraniano estava ligado à natureza, sua fonte de vida e energia. Em 988, através do Príncipe Volodymir, a Ucrânia é batizada
nas margens do Rio Dnipró, passando a adotar o cristianismo como religião oficial. O povo absorveu essa mudança, mas não aceitou abandonar seus antigos rituais, como as Festas da Primavera.
A solução encontrada pelo clero foi à adaptação deste antigos costumes, como símbolos cristãos, ou seja, permitiam e até apoiavam o povo a manter essas tradições consideradas pagãs, mas lhes incutiam um simbolismo correlato ao cristianismo.
A antiga e tradicional Festa da Primavera transformou-se na Páscoa cristã, por se tratar da mesma época. O povo continuava com os antigos festejos, mas mudava-se gradativamente o sentido da ocasião festiva. As pêssankas continuaram existindo, o povo não deixou o costume de colorir ovos para expressar seus sentimentos, mas o clero religioso fez com que se abandonassem as crenças nos entes da natureza, deviam ser extintos os costumes tidos como pagãos.
As pessoas passaram então a fazer pêssankas para dar aos parentes
e amigos respeitados, na época da Páscoa, para demonstrar tudo àquilo que desejavam para seus entes queridos. As pequenas obras de arte também passaram a aparecer em datas importantes, como casamentos e nascimentos, como materialização das boas intenções que se queria expressar.
Na conturbada história da Ucrânia, o povo passou por muitos períodos de instabilidade social, tendo muitas vezes a miséria e a opressão imperando sobre seus lares. Domínios russos, poloneses, austríacos, húngaros, duas guerras mundiais, o comunismo... E as pêssankas continuam acompanhando a vida desta gente, que veio para o Brasil em busca de um futuro melhor para seus filhos, trazendo na bagagem uma cultura milenar, que hoje respira a liberdade.
A Ucrânia, em 1991 finalmente adquiriu sua independência, exigida pela população que saiu às ruas e hoje, além da seu valor cultural, simbólico e artístico, as pêssankas passaram a ser um símbolo de longevidade para uma Ucrânia livre e independente.
Na Ucrânia, também existe a crença de que os ovos coloridos podem curar doenças, além de proteger a casa de quem é presenteado.
 Cores:

Preto
Representa o absoluto, o constante ou o eterno. Pode também representar a morte.
Branco
Pureza, inocência, nascimento são os significados desta cor.
Amarelo
Símbolo da luz e da pureza. Fala da juventude, felicidade, colheita, hospitalidade, sabedoria amor e benevolência.
Laranja
Resistência, a força e a ambição digna. Laranja também é a cor do fogo,e símbolo do sol.Representa a paixão moderada,estando entre o vermelho (paixão) e o amarelo (sabedoria).
Verde
Renovação na primavera, cor da fertilidade, frescor, saude,esperança.
vermelho
É considerado uma cor positiva,significando a ação, fogo,desenvolvimento espiritual. Glorifica o sol e a alegria deviver. São normalmente indicadas Pêssankas vermelhas para as crianças e para a juventude. Simboliza a paixão e o amor.
Marron
Sìmbolo damãe terra, trazendo seus presentes aos entes.
Azul
Simboliza o céu, o ar, a vida,verdade, fidelidade, confiança, talismã da saúde.
Roxo
Quando usado,simboloza a fé, paciência e confiança.